Prazer e sofrimento psíquico

O estudo das vivências de prazer-sofrimento foi escolhido como um dos temas deste projeto para sensibilizar a sociedade ao constatarmos que as organizações de trabalho/empresas podem se tornar espaços desencadeadores de saúde, nos casos em que prevalecem as vivências de prazer, mas também de doenças, nos casos em que prevalecem as vivências de sofrimento.

Acreditamos que as vivências de prazer podem ser desenvolvidas no ambiente do canteiro de obras, bem como o sofrimento pode ser minimizado, necessitando para isso que haja uma valorização maior dos fatores de gratificação e liberdade e, ao mesmo tempo, uma redução dos fatores de insegurança e desgaste.

Refletir sobre esta situação é mencionar um paradoxo entre a escolha profissional e o prazer em desenvolvê-la. Remete ao “sofrimento” e as “estratégias defensivas”, utilizadas pelos trabalhadores contra os efeitos desestabilizadores.

Neste sentido buscamos compreender os pressupostos e o referencial que subsidia a discussão de como fazem os trabalhadores para resistir aos ataques ao seu funcionamento psíquico provocados pelo seu trabalho e o que fazem para não ficar loucos.

Para Dejours,  “a noção de sofrimento é central e implica um estado de luta do sujeito contra as forças que o estão empurrando em direção à doença mental”.

Obra