Fundamentados na psicodinâmica do trabalho e sua metodologia própria voltada para questões coletivas dos trabalhadores envolvendo suas vivências de prazer-sofrimento, mecanismos de defesa e outros temas que estão relacionados com a subjetividade dos mesmos, compreendemos a dinamicidade que ocorre nos canteiros de obras, nas relações entre trabalho e sofrimento psíquico, desde o sofrimento enquanto gerador de patologias mentais ou de esgotamentos, como também de realização pessoal no ambiente profissional.
As condições e as exigências do mercado de trabalho na atualidade deixam no corpo marcas de sofrimento que se manifestam como doenças ocupacionais e atentam contra a saúde mental dos trabalhadores.
Dejours afirma que: “Executar uma tarefa sem envolvimento material ou afetivo exige esforço de vontade que em outras circunstâncias é suportado pelo jogo da motivação e do desejo. Não há “trabalho vivo” sem sofrimento, sem afeto, sem envolvimento pessoal. É o sofrimento que mobiliza a inteligência e guia a intuição no trabalho, que permite chegar à solução que se procura”.