A indústria da construção civil, como por muitos é chamada, é instigante, moderna e desafiadora, ao mesmo tempo, ainda é vista, também, como cruel, arcaica e desanimadora pela lentidão nas mudanças a serem feitas, nas operações e processos relacionais. É fácil dizer que a soma de várias condições históricas, políticas e econômicas colaboraram para esta visão e para o atual estado paradoxal da construção civil brasileira.
Os vários aspectos da sociedade contemporânea, crise dos sindicatos, maior rotatividade dos empregos, momento político indefinido que influencia diretamente na legislação trabalhista e previdenciária tende a aumentar os desafios de um segmento econômico que não tem apelo glamoroso aos profissionais disponíveis no mercado, acolhendo, em sua grande maioria, os pessoas com nível sócio cultural aquém das necessidades e que demandam de conhecimento técnico para algumas das funções que exercerão.
As relações são “engripadas”, se estabelecem num clima de desconfiança, impossibilitando negociações em bases mais realistas às necessidades das partes, devido à fatores como a legislação trabalhista, à interferência dos sindicatos (que nem sempre representam as necessidades dos trabalhadores), às dificuldades e custos altos das empresas e principalmente às políticas públicas que não atendem às necessidades de todos.
Encontra-se um contexto engessado para todos os atores, que impede a busca de significado do trabalho e pelo trabalho. Em grande maioria esqueceram de levar em consideração que os trabalhadores precisam das empresas e os empresários precisam destes trabalhadores, já que não se constrói um a sociedade sem projeto, o capital, trabalho e os resultados que podem e devem ser observados para todos estes “players”.